» » » Com título do WTA de Birmingham, Bia Haddad entra no top 30 do ranking do tênis

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A brasileira Bia Haddad, 26, levantou, neste domingo (19) (leia aqui), seu segundo troféu em duas semanas. Com a vitória no WTA 250 de Birmingham, na Inglaterra, a tenista passou da 32ª posição no ranking para a 29ª. Beatriz Haddad Maia atinge, assim, a melhor colocação de uma brasileira desde Maria Esther Bueno, que ocupou o mesmo lugar em 1976.
 

É um feito considerável para alguém que começou o ano 83º na classificação mundial.
 

O título é o segundo de simples da carreira. No domingo passado (12), ela havia obtido o WTA Nottingham, também na Inglaterra. No mesmo torneio, ela venceu também na categoria de duplas, chegando a quarta conquista na modalidade, acompanhada da adversária em Birmingham, a chinesa Shuai Zhang.
 

Elas precisaram disputar duas partidas no domingo (19). O tempo chuvoso impediu as semifinais no sábado (18). Antes de enfrentar Zang, Bia enfrentou a romena Simona Halep, 30, campeã de Wimbledon em 2019 e ex-número 1 das temporadas de 2017 e 2018, e venceu por dois sets a um com parciais de 6/3, 2/6 e 6/4.
 

Na partida seguinte, Bia encontrou a adversária Zhang cansada. A chinesa desistiu da final com apenas 36 minutos de partida, ainda no primeiro set, que Haddad vencia por 5 a 4. Ela abandonou o jogo com reclamações de dor no pescoço.
 

"O título não veio da forma como eu gostaria, com a Shuai se retirando da partida e tudo mais. Da mesma forma, também joguei por três horas antes, então nós duas estávamos cansadas", disse a brasileira.
 

Bia reservou um discurso emocionado para a adversária e parceira de jogo. "Você me mostrou, 'Por que não?' Podemos ter amigos na turnê. Você é um grande tenista e uma pessoa especial. O tênis é algo que passa, mas o lado humano nunca vai, então parabéns pela pessoa que você é", disse.
 

A paulistana parece finalmente encontrar momentum depois de passar 2019 e 2020 suspensa por uso de doping. Ela foi afastada das quadras em julho de 2019. E assim permaneceu durante dez meses, até 22 de maio de 2020. Durante esse período, Bia conseguiu comprovar que foi vítima de contaminação cruzada na manipulação de vitaminas de farmácia. "Foi do céu para o inferno", relatou, no podcast A Voz do Tênis.
 

"Antes da notícia [de doping], as pessoas vinham falar comigo e pediam para tirar foto. Dias depois, a visão era totalmente outra. Começou aquela sensação de dúvida. As pessoas hesitavam, me olhavam com rabo de olho e ficavam com um pé atrás", relatou no podcast.
 

A liberação para retorno veio no meio da suspensão dos torneios por causa da pandemia de Covid-19. "Se não fosse a pandemia, eu estaria me preparando para jogar na Europa."
 

Mesmo com o retorno, Bia passou 2020 e 2021 sem grandes feitos.
 

Em 2022, apesar de começar distante no ranking da WTA, Bia chegou à final de duplas do Australian Open, em janeiro, disputada em quadra dura. Ela se consagrou como a terceira brasileira em uma final de Grand Slam.
 

As quadras de saibro, porém, não foram tão generosas com a brasileira. Ela foi eliminada na segunda rodada da edição deste ano de Roland Garros, em Paris, pela estoniana veterana Kaia Kanepi, ex-15ª colocada de 37 anos. Kanepi limou Bia do torneio com dois sets a zero em menos de duas horas. "Eu não consegui competir e ser humilde nos momentos difíceis", disse, ao fim do jogo.
 

Na grama, Bia está triunfando. Os dois troféus conquistados pela tenista fazem parte da temporada da quadra mais tradicional do tênis, que terá seu ápice e encerramento no torneio de Wimbledon, um dos Grand Slams do circuito que começa em 27 de junho, em Londres.
 

O troféu em Birmingham quebrou o jejum de brasileiras na grama. Desde o título de Maria Esther Bueno, em 1968, em Manchester, uma atleta do país não levava um campeonato nesse tipo de piso.
 

A vitória em Birmingham garantiu Bia como cabeça de chave no Grand Slam. Assim, ela evita pegar as top 8 do ranking logo de cara.
 

Antes disso, ela joga o WTA de Eastbourne, também na Inglaterra, onde estreia na terça-feira (20) contra a veterana estoniana Kaia Kanepi, justamente a responsável pela eliminação precoce da brasileira na segunda rodada de Roland Garros.
 

Agora, porém, são dez vitórias seguidas para Bia no piso verde. E o sucesso na grama inglesa cultiva expectativas de que a brasileira seja promessa para o campeonato.




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