» » » » A vida depois do Tomba: reservatório que lembra disco voador vira chamego e tatuagem em Feira de Santana

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Já que é pra tombar... Tomba! Já pedindo desculpas pelo péssimo trocadilho, o Aratu On foi até Feira de Santana, que completa 189 anos neste domingo (18/9), para conhecer um dos pontos turísticos mais amados dos feirenses: a Caixa D'água do Tomba - que, pasmem, não é exatamente uma caixa d'água, como explicou o historiador Clovis Oliveira.

Fato é que a estrutura contruída em 1984, que lembra um disco voador, está para Feira de Santana assim como o Elevador Lacerda está para Salvador, ou como os próprios feirenses gostam de dizer, como a Torre Eiffel está para Paris.

De acordo com Clovis Oliveira, citado no início deste texto, a Caixa D'água do Tomba surgiu para adaptar a entrada de água na cidade. "A bitola dos canos que vinham da represa de Pedra do Cavalo era maior do que o encanamento que tinha em Feira de Santana, então existia o perigo de estourar os canos com a chegada da água", contou. Por isso, "foi preciso fazer uma estação de adaptação, para que a água entrasse nos canos da cidade com menor força, e é essa estação que nós conhecemos como a Caixa D'água do Tomba". 

Hoje, o reservatório não armazena água, mas transborda em significado para quem reside na Princesinha do Sertão, e basta passear um pouco pelo bairro de mesmo nome para perceber isso. Um morador, Roque Oliveira, contou que o nome é 'Tomba' "porque o trem tombava ali". Já o feirense de coração, Marcos, nascido no Espírito Santo, refoçou que o Tomba "é um lugar de resistência, de um povo guerreiro, humilde, e gente muito boa e acolhedora". Foi lá em Feira, inclusive, que ele encontrou sua "excelente esposa", Rose.

Outras pessoas optaram por deixar o cartão postal marcado na pele. Só a tatuadora Raquel Terra Nova fez pelo menos quatro imagens do reservatório, sempre diferentes. "Adoro fazer as que fujam do tradicional. Quando chegou a proposta de tatuar um símbolo tão presente em Feira, como a Caixa D'água do Tomba, que é a nossa Torre Eiffel, achei super incrível marcar a cidade de uma maneira tão especial", disse.

Ela afirma que fica feliz de fazer parte da mudança do olhar para Feira de Santana, uma cidade que "sempre foi muito marginalizada", em sua opinião. "Poder mudar isso e se orgulhar da cidade em que a gente vive é muito bacana", frisa.

Um dos 'riscados' por Raquel foi João. Ele conta que, embora não more no bairro do Tomba, decidiu fazer a tatuagem para "organizar as ideias", a partir de uma música da banda Engenheiros do Havaí. "Coloquei a caixa d'água mais por ser a representação da nossa Torre Eiffel, nosso elemento maior de Feira, simbolicamente".

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