» » » » Após aumento de abandono de cães e gatos, policiais ampliam projeto para alimentar animais de rua

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Dois tubos de PVC presos à parede, um com água e outro com comida, ficam disponíveis 24 horas para os animais de rua nos bairros da cidade de Dias D’Ávila, região metropolitana de Salvador. A iniciativa da 36ª CIPM surgiu durante a pandemia, quando os policiais militares observaram o aumento do número de abandono de cães e gatos. O projeto, que teve início em 2020, contemplava quatro bairros, mas, neste mês de setembro, foi ampliado para mais duas localidades.

A escolha dos locais para instalar os comedouros e bebedouros é feita a partir do número de animais soltos nas ruas em cada bairro. Hoje estão presentes em Nova Dias D’Ávila, Centro da Cidade ao lado do Módulo Policial, rodoviária, bairro Genaro, Urbis e no entroncamento de Dias D’Ávila. A manutenção é feita pelos próprios policiais, que limpam os equipamentos e repõem a água e a comida. Por mês são gastos 50kg de ração, adquiridos através de doações da população e de parceiros.

Há dois meses no comando da 36ªCIPM, o major Jorge Ramos destaca que esta é “uma ação fantástica e de grande visibilidade. Mostra o lado mais humano do policial militar. Todos os policiais se preocupam com o projeto, se envolvendo e fiscalizando”. De acordo com o comandante da companhia, a comunidade abraçou o projeto, tanto para garantir que os recipientes não fiquem vazios, quanto para conservar os comedouros.

O gerente da ação é o soldado Efigênio Júnior, que inclusive confeccionou os equipamentos. “Na pandemia o Major antigo, Hildegard de Moura, sugeriu a ideia dos comedouros. Eu pesquisei, comprei os tubos e as conexões e montei”, explica. Ele e outro PM são os encarregados diretos responsáveis por manter o projeto. Além das atividades diárias, duas a três vezes na semana eles limpam e abastecem os comedouros e bebedouros. “É uma responsabilidade que você tem e tem que dar o melhor”, acrescenta.

Não há um levantamento oficial sobre o número de animais abandonados em Dias D’Ávila. Nem mesmo quantos cães e gatos são beneficiados pelo projeto. Segundo Soldado Efigênio, ainda é grande a quantidade de bichos que são deixados nas ruas, mesmo após a fase mais crítica da pandemia. Apesar desta realidade, o projeto tem recebido o apoio da comunidade e de estabelecimentos do mercado pet. “A nossa imagem [da polícia] é tão atrelada a coisa ruim, está tão difícil, as pessoas sem afeto. Que é importante propagar algo do bem. O bem inspira”, afirma.

A 36ª CIPM também possui uma mascote. Paninho é uma vira-lata, que foi adotada pelos policiais há 10 meses. Todos cotizam o banho, as vacinas, a ração. O exemplo da companhia, em resgatar uma cadela de rua e cuidar, além de manter o projeto que leva água e comida para os bichos, tem feito a população ter outro olhar em relação aos animais.


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