Empresário executado em resort de Salvador tinha ligação com homem acusado de ameaçar prefeito

Creditos da foto:arquivo pessoal

O turista cearense executado dentro do resort Catussaba, Victor Gutemberg Bezerra Ramos, participava do quadro societário de uma empresa de construção, de acordo com o cadastro de pessoas jurídicas. Apuração do aponta ele tinha outros dois sócios, Ícaro Gomes Cordeiro e Jardel Bezerra Cordeiro. O crime aconteceu na tarde de quinta-feira (25/8), no bairro de Stella Maris, em Salvador. 

Ainda segundo levantamento do Jardel Cordeiro já foi chefe de gabinete da Prefeitura de Maranguape, na gestão de João Paulo Xerex (PDT), entre os anos de 2016 e 2020. Enquanto estava no cargo, Cordeiro foi investigado por ameaçar, em 2019, o homem que hoje é o prefeito, Átila Câmara (Solidariedade). A cidade fica na Região Metropolitana de Fortaleza, onde Victor morava com a família. 

"De há muito tempo ele tenta me convencer a apoiar a Prefeitura, e eu me nego por respeito à população de Maranguape. Tudo isso gerou um dia de fúria para o chefe de gabinete, que achou-se no direito de vir à residência da minha mãe, tentar violar esse domicílio que é sagrado, um asilo inviolável do cidadão, segundo a Constituição, para tentar concretizar as ameaças de morte que ele fez", afirmou Câmara, na época. 

Câmara, que já tinha comandado o Executivo Municipal, concorreu ao cargo em 2020 e derrotou Xerex. A reportagem tentou contato com Jardel Cordeiro para ele comentar o assunto, mas não foi localizado.

EXECUÇÃO 

A Polícia Civil da Bahia apura o caso contra o turista e, até a manhã desta sexta-feira (26/8), não tinha dado detalhes sobre o crime. De acordo com a 15ª Companhia Independente (CIPM/Itapuã), Victor Gutemberg estava na piscina do resort quando foi atingindo por disparos de arma de fogo. Ele chegou a ser socorrido no local, mas não resistiu.