» » Prefeita diz que vai renunciar cargo por não concordar com eleição de Lula; "não compactuo com ideologia"

Quem assumirá a gestão da cidade de Carlinda, no interior do Mato Grosso, será seu vice, Padre Fernando de Oliveira Ribeiro.

                                                                               Créditos da foto: redes sociais

A prefeita do município de Carlinda, no interior do Mato Grosso, deve deixar o cargo. Carmelinda Coelho (União), disse, em entrevista, que vai renunciar ao cargo de gestora municipal por conta da eleição de Lula (PT) para presidente do Brasil.

Ela informou ao jornal Gazeta Digital que decidiu abdicar da função por não aceitar a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno das eleições presidenciais. O vice-prefeito da cidade, Padre Fernando de Oliveira Ribeiro, vai assumir o cargo.

 Carmelinda disse que tomou a decisão por não compactuar com a "ideologia" do presidente eleito.  "Vou renunciar ao meu cargo, sim. Já pedi para os meus secretários organizarem todas as pastas, deixar tudo certo. Eu não compactuo com a ideologia que o presidente eleito tem. Por eu ser uma pessoa que falo o que penso e por estar ainda em um país democrático, ainda democrático", disse.

A prefeita ainda explicou que deixará a função por temer ser penalizada. "Todos sabem que nós, do município, temos que cumprir leis federais. Se caso tiver uma lei contrária a minha ideia, eu não vou cumprir e se eu não for cumprir, eu vou ser penalizada. Para que a minha família não sofra com isso, eu vou entregar o meu mandato e seguir como qualquer cidadão", completou.

Carmelinda foi eleita prefeita em 2020 com 4.646 votos, ou 90,16% dos eleitores. "Diante do meu perfil, do jeito que eu sou, se eu continuar, irei prejudicar a minha família e os meus amigos”, alegou.

Em entrevista ao portal Primeira Página, o presidente da Câmara Municipal, José Henrique Bertpaglia (União Brasil), explicou que a prefeita ainda não oficializou a renúncia, e a Câmara ainda não recebeu nenhum comunicado oficial por parte dela até o momento. Mesmo assim, ele diz que apoia a decisão da gestora e que, quando for protocolada, ele irá aceitar.



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