Logo após a morte do filho de Kelly Cyclone, uma imagem do jovem de 18 anos morto, em meio a uma poça de sangue e com um revólver em uma das mãos passou a ser compartilhada em aplicativos de trocas de mensagens. A foto vinha acompanhada de uma legenda que sugeria que Cauan Salles Silva tinha sido alvejado e morto após trocar tiros com a polícia.
A versão de que Cauan foi assassinado porque atirou contra policiais civis é contestada pela família dele. Além da irmã de Kelly Cyclone ter usado o Instagram para afirmar que o sobrinho foi morto dentro da casa da avó, depois que agentes pularam o muro do imóvel, que fica em Vilas do Abrantes, em Camaçari, um outro membro da família afirmou, em entrevista a uma emissora local, que o jovem chegou a pedir socorro a namorada, que está grávida. Ela disse também que uma arma foi colocada na mão dele para forjar um confronto. Cauan seria pai em janeiro do próximo ano.
Na sequência de mensagens escritas após a ligação, ele pergunta à moça se a melhor opção seria continuar no imóvel ou fugir. “Vem pelo amor de Deus. Dá um jeito de vim. Estão todos aqui. Meu filho, amor, estou criando meu filho, não pode acontecer nada de ruim comigo”, escreveu pela última vez.
“Não trocou tiros, eu vi porque estive lá. Os tiros foram de fora para dentro [da casa]. Eles [policiais] colocaram a arma na mão de Cauan e ainda quebraram o braço do menino. Colocaram uma arma em uma das mãos, como se ele tivesse trocado tiros. Eu falei na delegacia que foi mentira. Mataram Cauan na perversidade. Eles foram cruéis”, disse a familiar à emissora local.
Ela admitiu que o jovem tinha envolvimento com a criminalidade, mas que policiais o perseguiam por ele ser filho da mulher que ganhou fama em 2010 após ser detida em uma festa regada a álcool e drogas, no bairro Boca do Rio, em Salvador.
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