» » » Michel Temer sanciona reforma política e veta censura

Projeto sancionado pelo presidente regulamenta fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhão. Emenda que previa suspensão de conteúdo da internet é excluída

Presidente Michel Temer durante o lançamento do plano Progredir, em Brasília - 26/09/2017 (Evaristo Sá/AFP)
O presidente Michel Temer sancionou nesta sexta-feira (6), com vetos, os projetos de reforma política aprovados nesta semana pela Câmara e pelo Senado, incluindo a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que ficou conhecido no Congresso como “fundão” e terá R$ 1,7 bilhão estimados para financiar as candidaturas.
A sanção e os vetos serão publicados em edição extra do “Diário Oficial da União”. Dentre os dispositivos vetados pelo presidente estão:
1- O que permitia a retirada da internet de publicações anônimas com informações falsas ou discurso de ódio até que o autor fosse identificado, considerado “censura” por entidades da imprensa.
2 – O artigo da reforma que provocou divergências sobre a extinção ou não do autofinanciamento dos candidatos. Especialista em direito eleitoral, Antônio Augusto Mayer dos Santos explicou ao G1 que o veto do presidente manteve a permissão do autofinanciamento dos candidatos nas campanhas. “Com o veto, o presidente mantém a possibilidade de o candidato se autofinanciar, desde que ele obedeça o novo limite fixado em lei (veja mais abaixo) para o cargo em disputa”, afirmou.
3 – O novo limite da doação de pessoa física. O texto da reforma previa que o valor não poderia ultrapassar 10% do rendimento bruto declarado pelo doador no ano anterior à eleição com um teto de 10 salários mínimos (R$ 9.690 em 2018). Com o veto, fica a regra que estabelecia como limite para doação de pessoa física apenas os 10% dos rendimentos brutos declarados no ano anterior à eleição – para 2018, serão os de 2017. Não existe a barreira dos 10 salários mínimos. “A declaração do IR é o parâmetro para o limite de doação da pessoa física”, explica Antônio Augusto.
Temer manteve as novas previsões de limites de gastos das campanhas definidas pelos parlamentares. Também foi mantido o fundo eleitoral com dinheiro público para financiamento de campanhas.

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