» » » Clubes da Série A rejeitam proposta da CBF para limitar troca de técnicos no Brasileirão

Por Redação/Agência Estado

Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro e Bruno Cantini/Atlético
Os clubes da Série A do Brasileiro rejeitaram quase por unanimidade a proposta da CBF de limitar a uma única vez a troca de técnicos durante a competição, historicamente bastante alta. Houve ainda a apresentação de outras quatro propostas, mais brandas, mas não se chegou a um consenso.
Assim, quase todos os representantes dos 20 clubes que participaram do Conselho Técnico na tarde desta sexta votaram por arquivar o projeto.
O Atlético foi um dos poucos clubes que votaram a favor da limitação de troca de técnicos na competição. “O Atlético votou para proibir a demissão de mais de um técnico por campeonato, mas fomos vencidos. Acho que é um atraso. A gente precisa dar um recado para todos, para a torcida, para o mundo do futebol que precisa parar com essa demissão constante de técnico, isso não resolve. O Atlético está caminhando nesta direção”, declarou o vice-presidente do clube alvinegro, Lásaro Cândido Cunha.
Contrário à imposição do limite, o presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, externou seu ponto de vista. “Eu acho que isso é uma interferência na administração do clube. Não cabia. Não é o nosso caso porque o nosso técnico está indo para o terceiro ano. Sempre mantivemos um respeito por todos os técnicos. Foi uma discussão que achei que não deveria ter”, observou.
O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, também foi contra a proposta da CBF e votou com a maioria. No entanto, o dirigente acredita que o projeto pode ser implantado no futuro. “A proposta dos treinadores não andou, e acho que foi uma medida inteligente.

 A minha proposta não era de ser utilizada este ano, mas seria um aspecto progressivo, para que futuramente pudesse implementar”, contou. Para o dirigente gremista, "o futebol brasileiro ainda não está preparado" para tal medida. "Tem que haver uma transição para isso. Tem que se preparar culturalmente o ambiente, depois pode-se fazer um ano com duas oportunidades de mudança, depois um ano com um", sugeriu.
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, considerou que, apesar de o projeto ter sido rejeitado, foi "um bom debate". "(Teve) a indicação de que isso seja amadurecido e discutido na próxima temporada", ponderou.
LIMITE - O Conselho Técnico da CBF aprovou limite de inscrição de 45 jogadores por clube para o Brasileirão, com possibilidade de alteração de cinco nomes ao longo da competição - elevando, portanto, para até 50 ao total. Não há limites, porém, para uso de atletas da base (até 20 anos).

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