» » » Morre Makota Valdina, aos 75 anos

Porta-voz das religiões de matriz africana, ela lançou em 2013 a autobiografia "Meu Caminhar, Meu Viver".
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Morreu nesta terça-feira (19) Makota Valdina Pinto, aos 75 anos, em Salvador. Educadora, líder comunitária e destacada porta-voz das regiões afro-brasileiras, ela foi iniciada no Terreiro Nzo Onimboyá, no Engenho Velho da Federação, onde ganhou o cargo de makota (assistente de mãe de santo) que acabou se tornando uma espécie de pré-nome: Makota Valdina.
Valdina foi militante da liberdade religiosa, como porta-voz das religiões de matriz africana, assim como dos direitos das mulheres e da população negra. Professora aposentada da rede pública municipal de Salvador, também foi membro do Conselho Estadual de Cultura da Bahia.
O nome Makota veio da função religiosa que exercia – o termo significa assistente de mãe de santo – do Terreiro Nzo Onimboyá, no Engenho Velho da Federação, em Salvador, bairro em que nasceu e cresceu.

Makota foi homenageada com diversos prêmios: Troféu Clementina de Jesus, da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), Troféu Ujaama, do Grupo Cultural Olodum, Medalha Maria Quitéria, da Câmara Municipal de Salvador, e Mestra Popular do Saber, pela Fundação Gregório de Mattos.
De falar muito vivaz, fluente e penetrante, em 2013 Makota Valdina lançou a autobiografia "Meu Caminhar, Meu Viver", a cujo lançamento, no Forte da Capoeira (Santo Antônio Além do Carmo) acorreram inúmeras personalidades baianas. Ela também foi retrada no documentário "Makota Valdina - Um jeito Negro de Ser e Viver", de Joyce Rodrigues.
O sepultamento acontecerá hoje (19), às 15h30, no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.
Por meio das redes sociais, a Fundação Cultural do Estado (Funceb) lamentou a morte de Valdina, além de chamá-la de “um dos maiores expoentes da nossa Cultura Negra na Bahia e no Brasil”.
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