Oito pessoas ficaram feridas e foram resgatadas com vida. Bombeiros vasculham local para tentar localizar outras possíveis vítimas; parentes e moradores citaram desaparecidos.
Resgates
emocionantes
Das oito pessoas
resgatadas com vida, ao menos duas foram levadas de helicóptero para o
hospital. Como a região é de difícil acesso, os bombeiros tiveram que fazer uma
operação especial para tirar as vítimas sem pousar em nenhum lugar .
As vítimas foram levadas para os
hospitais municipais Lourenço Couto e Miguel Couto e para o hospital particular
Unimed-Rio. Entre os resgatados dos escombros, está uma família que se mudou há
uma semana para o local: um casal e uma filha de 10 anos.
Veja a lista de feridos (nome e idade
estão sendo atualizados):
·
Adilma Rodrigues, 35 anos, teve
ferimento na barriga, passou por cirurgia e está em estado grave.
·
Cláudio Rodrigues, 40 anos, está
internado em hospital particular; segundo a família, teve 4 paradas cardíacas e
traumatismo craniano.
·
Clara Rodrigues, 10 anos, teve
fratura na perna e machucado na cabeça; está em hospital particular.
·
Raimundo Nonato Ferreira Gomes, de 41 anos, teve
escoriações na cabeça e queixo.
·
Luciano Paulo dos Santos, de 38 anos, teve
escoriações múltiplas.
·
Evaldo Vieira Silva, 46 anos, está
internado, mas o estado de saúde não foi informado.
Carolina Ferreira Andrade, de 34 anos, foi levada para o Miguel Couto.
· Ferido identificado como Arlan, marido de Carolina, está internado no Hospital Municipal Miguel Couto
· Situação dos prédios
O desabamento
aconteceu por volta das 7h desta sexta. Não chovia no momento, mas a região
sofreu com os temporais desta semana. As avenidas de acesso ainda estão
alagadas.
A área onde ocorreu o acidente foi
isolada, e os bombeiros disseram que outros prédios da região podem ir abaixo.
No início da manhã, havia um forte cheiro de gás.
Segundo o repórter Genilson Araújo, há
cerca de 60 prédios em construção na região, que é dominada por milícias.
Reportagem do RJ2 mostrou que os criminosos atuam na construção e venda de imóveis irregulares.
Os moradores dos prédios que desabaram
disseram que eles foram inaugurados há seis meses. O prefeito Marcelo Crivella,
que foi para o local do acidente, disse que as obras no local continuaram mesmo
após a interdição, em 2018.
"A Prefeitura do Rio
já havia comunicado ao Ministério Público e tentado interditar, mas, infelizmente,
uma liminar judicial impediu a demolição desses prédios, e as obras
continuaram", disse Crivella.
"Estamos aqui
com a nossa equipe trabalhando para tentar resgatar as pessoas dos escombros.
Fica para todos nós uma lição: quando a Prefeitura alertar sobre esses riscos,
vamos dar ouvidos para que isso não aconteça nunca mais", afirmou
Crivella.
Chuvas
A Muzema foi uma das
áreas mais atingidas pelo temporal que caiu no Rio. A cidade está em estágio de crise desde segunda-feira (8). O
desabamento aconteceu em uma das áreas mais elevadas da comunidade, perto da
mata.
Na manhã de quinta-feira (11), a
principal avenida de ligação do bairro, que também dá acesso ao Rio das Pedras,
continuava alagada e interditada.G1